LANÇAMENTO DE LIVROS

Estão abertas as inscrições para lançamentos de livros durante o IV Encontro de Artes, Letras e Educação. O evento ocorrerá na UEFS nos dias 28 e 29 de agosto. Os interessados em lançar suas obras deverão enviar um e-mail para ivecontroeale@gmail.com, com uma imagem do livro e sua referência completa (cf. normas para referência de livro da ABNT). O e-mail deve ser enviado entre os dias 01/08 e 20/08. O assunto do e-mail deve ser “lançamento de livro”. Para mais informações, escreva para ivecontroeale@gmail.com.

COMO LER MACHADO: LIÇÕES DE BRÁS CUBAS

Jaciene de Andrade Santos

As reinvenções promovidas pela obra de Machado de Assis surpreendem leitores até hoje. Extrapolando convenções estilísticas de sua época, Machado sinaliza, por meio do “defunto autor” Brás Cubas, modos pelos quais sua obra quer ser lida, os quais podem ser proveitosamente ampliados para a Literatura em geral. Neste minicurso, tomaremos como referência o ponto de vista de Brás Cubas para ler, em perspectiva panorâmica, propostas principais do texto machadiano, como a ironia e o deslocamento parodístico de sentidos. Apoiam teoricamente os estudos de Guimarães (2001), Azevedo (1990), Barbieri (2008), dentre outros. 

MORFOSSINTAXE DO PORTUGUÊS: UMA ABORDAGEM CRÍTICA

Natival Simões

A discussão sobre os limites entre a morfologia flexional e a morfologia lexical é bastante antiga nos estudos linguísticos e, desde a gramática de Varrão, já se percebem tentativas de se estabelecerem diferenças entre essas duas vertentes de análise morfológica. Neste minicurso, centrar-me-ei na morfologia flexional, aquela que diz respeito às propriedades naturais das classes de palavras e que apresenta uma interface substancial com a sintaxe, por isso, não raramente, se confunde com a morfossintaxe. Serão abordadas as categorias nominais de número e gênero, em uma perspectiva mista que leva em consideração as análises formalistas e funcionalistas, sincrônicas e diacrônicas, prescritivas e descritivas, intralinguísticas e interlinguísticas. No que toca ao número, abordarei os seguintes tópicos: (i) a categoria de número nas línguas do mundo; (ii) o número no latim e nas línguas românicas; (iii) os comportamentos (alo)mórficos da marcação de número no português; (iv) o plural das formas em –ão na história da língua portuguesa: abordagem sincrônica e diacrônica. Em relação ao gênero, os tópicos abordados serão: (i) o sistema de gênero do latim ao português; (ii) o estatuto da vogal temática nominal na língua portuguesa e os problemas da análise de gênero; (iii) as estratégias de realização de gênero na língua portuguesa; (iv) gênero linguístico e gênero social: questões de análise. 

PRÁTICAS INVENTIVAS E PRODUÇÃO DO CURRÍCULO NOS COTIDIANOS DE ESCOLAS PÚBLICAS

Edivan Carneiro de Almeida

A proposta do minicurso é discutir como o currículo de Língua Portuguesa e Artes pode ser construído-realizado através de táticas-invenções (CERTEAU, 2012) dos professores nos cotidianos de escolas públicas, baseadas nos princípios da autonomia e da subversão frente aos currículos preestabelecidos, preconcebidos pelas instâncias e estruturas hegemônicas de poder político e econômico, que buscam/tentam determinar a produção sociocultural, nesse caso, o papel da instituição escolar e dos sujeitos que nela habitam. Nesse sentido, o minicurso será um espaço de compartilhamento de ideias, experiências e propostas sobre as possibilidades de se construir práticas curriculares nos cotidianos de escolas públicas, com a criação de sequências didáticas, organizadas e desenvolvidas pelos professores, tendo como ponto de partida a leitura de textos (dos mais diversos gêneros) e a fruição/apreciação de obras de arte, tendo em vista o exercício da criação/produção de textos ou de expressões artísticas que façam sentido para a vida dos estudantes, produções que possam ser lidas ou apreciadas para além dos muros da escola, que provoquem pensamentos, sentimentos e produção de sentidos na comunidade em que vivem, contribuindo para a produção de subjetividades mais críticas e criativas, tendo as diversas linguagens como maneiras de ser-pensar-agir no mundo.

MICROCANÇÕES ESCOLARES CDG - ONDE A FALA E A MÚSICA SE ENCONTRAM

Claudia Santos

Assim como na Música, nossa Língua Portuguesa falada comunica ideias por meio de estruturas melódicas e rítmicas. Na fala, percebe-se acentuações tônicas e átonas, linhas de inflexão, e distintas velocidades com que as sílabas e as palavras se sucedem. Assim é que comunicamos com exatidão o que queremos, de fato, dizer. Na escrita, sinais de pontuação trazem indicações que determinam a leitura: perguntas, afirmações, dúvidas... E, mesmo na leitura silenciosa, o sentido e a compreensão do texto advém daquilo que imaginamos escutar. Este curso se propõe a demonstrar de que modo a compreensão musical pode auxiliar a compreensão e a interpretação de textos. Para tanto, utilizar-se-á a criação, a apreciação e a prática de canções escolares.

ALGUÉM DISSE CORPO? ENUNCIAÇÃO E AUDIOVISUALIDADES NA ANÁLISE DO DISCURSO

Nilton Milanez (DLA/PPGEL/LABEDISCO)

Vou mostrar neste minicurso como o corpo se transforma em objeto de estudo no campo da Análise do Discurso Foucaultiano em debate nas Letras e na Linguística. Esse viés demonstra nada mais que a atualidade das mídias, colocando o corpo nos canteiros da imagem e do som a partir de videoclipes, vídeos do youtube e filmes. Preciso explicar também que persigo o seguinte questionamento foucaultiano: “Quem somos nós, hoje?”. Isso quer dizer que vou revolver certos modos de como vivemos nos dias de hoje, levando em consideração manifestações audiovisuais do nosso cotidiano na música e no cinema. Por isso, se você busca se defrontar com o diálogo entre quem somos nós e o sujeito do dizer em nossa ofegante atualidade sobre o corpo, essa é uma oportunidade para entender o que é que a Análise do Discurso tem.